Hang tight while we fetch the video data and transcripts. This only takes a moment.
Connecting to YouTube player…
Fetching transcript data…
We’ll display the transcript, summary, and all view options as soon as everything loads.
Next steps
Loading transcript tools…
Palestinian Movie - Naila and the Uprising -(Subs: English, Español, Português) | Fer Nando | YouTubeToText
YouTube Transcript: Palestinian Movie - Naila and the Uprising -(Subs: English, Español, Português)
Skip watching entire videos - get the full transcript, search for keywords, and copy with one click.
Share:
Video Transcript
RAMALLAH, CISJORDÂNIA
Nenhuma foto da prisão?
Foto da prisão, eu não vejo nenhuma...
Oh... adivinhe de quem é essa foto?
Eu?
Este é você, Majd.
Não...
As irmãs Zohra e Lamia,
com os melhores votos: 22 de fevereiro,1989.
Exato...
seu primeiro aniversário.
Muito tempo atrás
e nós ainda falamos do passado.
O papel da minha mãe na primeira Intifada
foi para mim...
como...
um quebra cabeças.
Eu sempre tive curiosidade, mas é difícil.
Quando você pede para uma pessoa te contar o que ela passou,
você na verdade está pedindo para ela reviver aquilo.
NAILA E O LEVANTE
Cisjordânia 1967
Tudo começou em 1967.
Foi o início da guerra e da ocupação israelense.
A ocupação estava em todos os lugares.
Jipes do exército estavam em cada esquina.
Resultado da guerra
israel estabelece uma administração militar para mais de um milhão de palestinos
Áreas ocupadas enfrentam postos de controle, toques de recolher, e demolições de casas.
Em 1969, eu estava na escola primária
não muito longe da minha casa.
Eu tinha oito anos na época.
Era outubro e nós estávamos do lado de fora no horário do recreio.
Nós ouvimos sons de fortes explosões.
A diretora ficou preocupada
e mandou alguém ver o que tinha acontecido.
Ela voltou e disse para a diretora,
"Os israelenses destruíram a casa do Ibrahim Ayesh."
Ela não sabia que eu era a filha do Ibrahim Ayesh,
e que minhas quatro irmãs estavam na escola comigo.
Nós encontramos nossa casa destruída dividida em dois.
Eu me lembro da tristeza nos olhos do meu pai.
Essa experiencia despertou em mim
uma hostilidade contra a ocupação.
Isto é o que significa ocupação.
Existem dois conjuntos de leis aqui.
Judeus, vivem sob a justiça civil israelense. Árabes, sob o poder dos militares.
Cidadãos de segunda classe em seu próprio país.
Palestinos não podem competir com empresas israelenses.
Eles não podem cultivar ou vender vegetais sem permissão.
Árabes não podem viajar para israel ou para o exterior sem permissão.
E eles não podem ter armas, como os civis israelenses.
Todos os dias, árabes são presos por resistir à ocupação.
Isso pode acontecer a qualquer hora em qualquer lugar e é frequente.
Com o tempo, a ocupação ficou mais pervasiva.
israel controlava todos os aspectos das nossas vidas.
Escolas eram controladas pela administração israelense,
até mesmo os livros tinham um carimbo "administração israelense"
se eu me lembro bem.
As coisa ficaram mais claras para mim no ensino médio.
Só existe uma solução,
e é o fim da ocupação.
A ocupação não vai acabar se formos submissos e ficarmos em casa.
Eu me candidatei e consegui uma bolsa de estudos para estudar na Bulgária.
Era uma oportunidade para eu aprender de uma maneira mais livre
e conhecer palestinos de vários lugares: Síria, Líbano, Jordânia.
Uma constante preocupação unia todos nós:
a causa Palestina.
Bulgária, 1980
Eu encontrei Jamal Zakout, que é de Gaza.
Ele era o líder da união dos estudantes
e era sempre ativo.
(JAMAL ZAKOUT - Marido de Naila) Sua energia, sua vitalidade, seu nacionalismo,
Sua energia, sua vitalidade, seu nacionalismo,
e a sua disposição para trabalhar pela Palestina chamou minha atenção.
Eu me formei e voltei para Ramallah.
Nós concordamos em casar imediatamente.
Meus pais acharam que era um problema
"Ele é como um presidiário."
"Nós queremos que você tenham uma vida normal."
Mas eu disse a eles que essa era a principal razão para eu me casar com ele.
Nós escolhemos o mesmo destino: resistir a ocupação.
Naquela época,
os partidos políticos palestinos estavam se formando.
Eu fui atraída pelos jovens da Frente Democrática.
Nós focamos no encorajamento das mulheres
para que elas participassem das atividades políticas.
Naquela época, qualquer organização política era punida.
Simplesmente ser membro de uma união estudantil era considerado crime.
GAZA, FEVEREIRO 1987
Eu estava em casa com o Jamal.
Fazia frio, nós estávamos comendo pão com zaatar e azeite de oliva.
Eu pressenti que algo não estava bem no bairro.
Eu senti que estávamos sendo observados pela segurança israelense.
E então eu quis deixar a casa imediatamente.
Mas antes que pudéssemos sair,
as forças israelenses entraram.
Eles me cercaram.
Me algemaram e me colocaram em um carro.
As punições eram severas naqueles dias,
era uma maneira de intimidar as pessoas.
PRISÃO MASKUBIYA, JERUSALÉM
Eu fui interrogada por duas semanas.
Eu fiquei amarrada a uma cadeira de maneira bem desconfortável por dias.
Eu já havia dito a eles que eu estava grávida.
Eles me disseram que isso não fazia diferença,
mulher, homem, grávida ou não, para eles eu era uma sabotadora.
Eu tive um sangramento.
Era o quinto dia de detenção da Naila
e nós ainda não tínhamos notícias dela.
Foi quando eu decidi encarar o desafio de uma outra maneira.
Jamal Zakout veio até nós.
Nós já nos conhecíamos. (RONI BEN EFRAT - Jornalista israelense)
Ele veio no nosso escritório em Jerusalém, ele vivia em Gaza. (RONI BEN EFRAT - Jornalista israelense)
Ele veio no nosso escritório em Jerusalém, ele vivia em Gaza.
Ele tinha a confirmação de um médico que sua esposa estava grávida
e ele nos disse que ela estava sendo interrogada.
Ficou claro que isso era muito urgente.
O serviço secreto israelense era parte de uma máquina que funcionava bem
cujo objetivo era quebrar o espírito da resistência.
Eu tinha contatos com jornalistas do jornal Hadashot,
e um deles era Oren Cohen.
(OREN COHEN - Jornalista israelense) Eu soube da história.
Eu liguei para o porta-voz da polícia mas ele negou (OREN COHEN - Jornalista israelense)
que tal mulher estivesse sob custódia, (OREN COHEN - Jornalista israelense)
ou sob qualquer interrogatório.
A noite ela era deixada para fora no frio intenso.
Choveu forte na terceira noite que ela ficou do lado de fora.
De manhã quando um policial veio para levá-la para o interrogatório
ele teve que arrastá-la pois ela não sentia mais os pés.
Eles negaram à Naila qualquer cuidado médico até que ela confessasse
que ela era membro da Frente Democrática.
Eu não me importo se a polícia nega.
A história tem dois lados e nós vamos escrever sobre isso.
MULHER SOFRE ABORTO DURANTE PRISÃO
Foi a primeira vez que por causa de uma reportagem minha
a polícia fez imediatamente uma conferência de imprensa.
Eles convidaram todos os jornalistas para uma grande conferência de imprensa
e anunciaram "sim, sim, sim tal mulher existe..."
"mas quando nós negamos, nós não mentimos, nós não estávamos com ela."
"O serviço secreto estava com ela. Nós não sabíamos. Foi isso que aconteceu."
Enfim, eles me deixaram fazer o procedimento de dilatação e curetagem
e me levaram para o hospital.
Nós chegamos lá antes da Naila.
Eu a vi de longe.
Suas mãos estavam amarradas.
Seu rosto estava pálido.
Não tínhamos permissão para falar com ela.
Naila e eu sentíamos muitas coisas.
Dor pelo que ela passava
misturada com a preocupação com a nossa habilidade de começarmos uma família
e se ela poderia engravidar novamente.
Eu continuava pensando que deveríamos estar juntos nesse momento.
Mas ao mesmo tempo tínhamos um sentimento de vitória.
Jerusalém Post: Mulher do "aborto" sai sob fiança
Houve uma forte campanha na mídia
e nós recuperamos a Naila das garras dos seus carcereiros.
Eu senti muitas contradições...
eu nunca vou esquecer o tempo que eu passei na prisão
mas o que viria depois era minha maior preocupação.
Nós tínhamos que continuar a resistência contra a ocupação.
DEZEMBRO 1987
A ocupação israelense na Faixa de Gaza tem enfrentado problemas.
Os protestos começaram depois que quatro palestinos
foram mortos depois de uma colisão com um caminhão do exército
e continuaram hoje, quando mais três palestinos foram mortos a tiros por soldados.
Novamente hoje em toda a Cisjordânia e na Faixa de Gaza
jovens palestinos protestaram contra a ocupação israelense.
Já acontece todos os dias, por sete dias
e não há sinais que irá acabar.
A vida sob a ocupação israelense se tornou intolerável para os palestinos.
A terra que eles vivem está sob controle de israel por vinte anos.
Era uma revolta puramente popular.
Parecia que foi tudo ensaiado, mas não foi.
Foi espontâneo e rápido.
Por dez dias as tropas israelenses estão em alerta máximo.
Hoje, os israelenses disseram que atiraram e mataram mais dois manifestantes
elevando o número de mortos para dezesseis.
Estava claro que algo diferente estava acontecendo.
A agitação agora se espalhou para todos os territórios ocupados.
Oficiais israelenses, dizem que isso não pode mais ser definido como distúrbios
eles chamam de insurreição.
Havia uma unidade completa
e uma decisão de todo o povo palestino
que era hora de uma luta coletiva
para acabar com a ocupação de uma vez por todas.
Nós precisávamos de uma mensagem de união nessa luta.
Nós estávamos na casa de um amigo em Ramallah.
Jamal, meu marido pegou uma caneta e começou a escrever.
Não pode haver uma voz mais alta do que a voz da Intifada.
A Liderança Nacional Unificada chama todos os grupos ativistas
para escalar a nobre e popular Intifada.
E nós pedimos ao nosso bravo povo
para lutar, para alcançar os objetivos do nosso povo
de retorno, de autodeterminação,
e da construção de um país independente.
10 de janeiro, 1988.
Eu conheci Jamal e Naila através da Frente Democrática.
(ZAHIRA KAMAL - Ativista) Os camaradas Jamal Zakout e Mohamed Al-Labadi vieram.
E eles disseram, "Vamos distribuir esses boletins hoje." (ZAHIRA KAMAL - Ativista)
E eles disseram, "Vamos distribuir esses boletins hoje."
O boletim estava assinado pela "Liderança Nacional Unificada."
E tal coisa não existia.
Eles disseram, "Vamos distribuir em todos os lugares"
"e hoje nós queremos falar com todos os partidos"
"para formar a Liderança Nacional Unificada."
Eu era a líder coordenadora
para a Frente Democrática (DFLP) dentro do país.
Nós consultamos todos os partidos,
e nós concordamos com o nome
"Liderança Nacional Unificada."
Também havia uma coordenação com
a liderança da Organização para a Libertação da Palestina (PLO) na Tunísia.
Mas pela primeira vez
nós não esperávamos por instruções da liderança no exterior.
DA FÚRIA PALESTINA, NOVOS LIDERES SURGEM
Protestos coordenados por uma liderança secreta do comitê das facções locais da Organização para a Libertação da Palestina
Oficiais do PLO na Tunísia têm dificuldades para acompanhar os eventos
O povo mandou uma mensagem clara: a revolta não é uma revolução do PLO mas uma revolução deles.
Eu participei da distribuição daquele primeiro boletim.
(SAMA AWEIDAH - Ativista) Era como a constituição, o povo seguia.
Era como a constituição, o povo seguia.
A circulação foi bem difundida,
em todos os lugares, todas as ruas.
Eu estava grávida novamente.
Eu fiz uma ultrassonografia pela primeira vez.
Eles me disseram que era um menino, e eu guardei o resultado na minha bolsa.
Nós saímos naquela noite para distribuir os boletins,
que também estavam na minha bolsa.
Eu estava distribuindo os boletins um atrás do outro,
e quando cheguei em casa eu descobri que eu havia distribuído o ultrassom,
eu distribui como um boletim!
Conforme eu cresci, eu comecei a entender
o papel dos meus pais durante a primeira Intifada.
Havia algo especial na primeira Intifada.
(MAJD ZAKOUT - Filho de Naila) Havia um envolvimento de todos os segmentos da sociedade:
Havia um envolvimento de todos os segmentos da sociedade:
jovens, famílias, sindicatos, universidades
políticos e não políticos, todo mundo.
(RONI BEN EFRAT - Jornalista israelense) As autoridades israelenses estavam completamente chocadas com a Intifada.
Porque eles não imaginaram isso. (RONI BEN EFRAT - Jornalista israelense)
Eles ainda achavam que a ocupação era leve (RONI BEN EFRAT - Jornalista israelense)
(OREN COHEN - Jornalista israelense) Eles ainda achavam que a ocupação era leve
e que tudo iria ficar bem, (OREN COHEN - Jornalista israelense)
e que nada iria acontecer nos territórios. (OREN COHEN - Jornalista israelense)
A POLÍTICA "PUNHO DE FERRO" FALHOU EM DETER OS PALESTINOS, 38 MORTOS ATÉ AGORA
Sábado de manha na Faixa Gaza,
e o exército israelense acaba de prender um suspeito.
O palestino vê uma equipe de TV, e em hebreu, diz ser inocente.
Sob a controversa política para conter os manifestantes
os soldados israelenses podem usar força contra aqueles que resistem.
Neste caso, o suspeito foi levado não muito longe da equipe de TV.
Arrastado para fora, seu rosto contava a história do seu castigo.
O tipo de agressão que o exército israelense disse ontem
seria administrada somente em casos extremos.
Noite passada o Ministro da Defesa israelense, Yitzhak Rabin
ameaçou usar medidas duras contra os manifestantes.
Sr. Rabin, advertiu que israel está determinado
a" impor ordem mesmo se as medidas forem duras."
Eu espero que o povo da Faixa de Gaza entenda
que, quanto mais tempo durarem os distúrbios
maior será o seu sofrimento.
Tropas israelenses cercaram dois campos de refugiados
e empregaram mais tropas de combates em áreas de passagens
e avisaram que os principais líderes serão deportados.
A Liderança Unificada na Cisjordânia
pediu para Gaza ser mais cuidadosa
pois havia uma campanha de detenção em massa
do pessoal da Liderança Unificada na Cisjordânia.
Quatro dias depois eu entrei em trabalho de parto,
Jamal foi preso.
Tínhamos planejado que ele estaria presente durante o parto para me apoiar.
Ele estava na prisão e não comigo
me causou um forte peso emocional,
especialmente depois da nossa primeira experiência
ainda fresca na minha mente.
Eu fiquei chocada quando vi a notícia no jornal Jerusalém:
"8 homens deportados da Cisjordânia"
e o nome do Jamal era o primeiro da lista.
Era como ter algo arrancado do meu corpo.
Com a deportação não há esperança.
Não é possível retornar ou se reunir como família.
Era a dura realidade.
JULHO 1988
A Intifada palestina ou revolta, já dura 8 meses.
Mais de 200 palestinos foram mortos e 28 deportados.
Desde a conquista da Cisjordânia e de Gaza, 21 anos atrás
israel já deportou 1.232 pessoas.
Alguns são militantes e ativistas,
mas também muitos professores, médicos, advogados, jornalistas...
Os líderes naturais da comunidade palestina.
Nós formamos um grupo para as famílias dos deportados.
Nós nascemos para viver em liberdade!
E nós somos a união das mulheres!
E nós lutamos contra a agressão!
As mulheres eram sempre maioria nesses encontros.
Tinham menos homens do que mulheres
porque alguns deles estavam presos, ou foram mortos.
As mulheres se tornaram parte de quase toda atividade política.
(ZAHIRA KAMAL - Ativista) As mulheres estavam envolvidas na luta
pela libertação nacional há muito tempo. (ZAHIRA KAMAL - Ativista)
Mas sua presença ainda era limitada. (ZAHIRA KAMAL - Ativista)
Na sociedade palestina,
a autoridade está nas mãos dos homens e dos idosos.
Nas vilas, as mulheres não participavam
por causa da separação entre os sexos.
As pessoas não queriam as mulheres
participando em grupos mistos.
Então, o objetivo era aumentar a participação das mulheres.
DFLP- COMITÊ DE AÇÕES DAS MULHERES
PCP- COMITÊ DE TRABALHO DAS MULHERES PFLP- COMITÊ DE UNIÃO DAS MULHERES FATAH- COMITÊ DAS MULHERES PELO TRABALHO SOCIAL
Todos os partidos tinham comitês de mulheres.
(NAIMA AL-SHEIKH ALI - Ativista) Publicamente, os comitês das mulheres eram conhecidos pelo trabalho social.
(NAIMA AL-SHEIKH ALI - Ativista)
Mas na realidade e disfarçado
tudo era organizado politicamente.
Enfermagem, oficinas de costura, que ensinavam as mulheres a tricotar, cozinhar, etc.
Tudo isso era só um disfarce.
As mulheres têm tido um papel bastante ativo na revolta palestina
carregando a bandeira proibida da Organização Pela Libertação da Palestina
afrontando os soldados israelenses.
As mulheres palestinas estavam em grande número nas ruas.
Isso era sem precedente.
(SAMA AWEIDAH - Ativista) O Comitê de Ações das Mulheres tinha milhares de membros.
Eu acho que o pico foi 10.000 membros. (SAMA AWEIDAH - Ativista)
E os israelenses não estavam preparados para isso.
Soldados disparam bombas de gás na multidão para dispersar a marcha.
Nós queremos nossa terra natal.
A única razão de estarmos aqui... nós queremos viver com liberdade.
Nosso lema era, que só existia uma porta para a liberdade.
Nós não podemos ser livres como mulheres a não ser em um país livre.
E mesmo que nos livrássemos da ocupação,
nós não poderíamos ser livres
enquanto estivéssemos subjugadas na nossa própria sociedade.
O número de homens presos
abriu as portas para as mulheres subirem em posições de lideranças.
Rabeha Diab, a um certo ponto, estava liderando o Fatah.
Não é fácil para uma mulher em um grande partido como o Fatah.
Eu tenho orgulho de ter liderado a Intifada por mais de um ano.
(RABEHA DIAB - Ativista) Pessoas vinham de todos os lugares
dizendo que precisavam isso ou aquilo e pedindo conselhos. (RABEHA DIAB - Ativista)
Nós dizíamos, "Nos dê algumas horas para perguntarmos aos irmãos da organização." (RABEHA DIAB - Ativista)
Mas não tinha nenhum irmão.
LIDERANÇA NACIONAL UNIFICADA
A mensagem que a Liderança Unificada queria enviar era
(AZZA QASSEM - Ativista) que estávamos em um estado de desobediência civil,
nós estávamos dizendo não para a ocupação, (AZZA QASSEM - Ativista)
então todos os setores deveriam apoiar.
A nova liderança dos palestinos
começou uma serie de greves não violentas
para arruinar a economia.
Como os comerciantes sabem quando entrar em greve,
quando as lojas devem fechar?
Nós devemos fechar todos os dias,
quando os líderes da Intifada
dizem que devemos fechar
através de um papel que eles enviam a todos aqui.
É um movimento econômico. Nós não lutamos com armas.
Uma visita para Ramallah, Belém ou Jerusalém Oriental nesses dias
revela uma greve geral e uniforme pelos comerciantes palestinos.
Nós intensificamos nossas ações para acabar com a ocupação.
Parte disso era boicotar os produtos israelenses.
Quem foi responsável por encontrar produtos alternativos?
O movimento das mulheres.
Em todo os territórios ocupados,
cooperativas de produção agrícola são criadas.
Geralmente, elas são dirigidas por mulheres.
Nós ajudávamos as mulheres a iniciarem esses projetos.
Eu levava o Majd em um carregador,
o que não era comum em Gaza,
e saía para visitar as mulheres.
Uma mulher que monta o seu próprio negócio ganha força.
Isso permite que ela deixe os paradigmas tradicionais no qual ela vive.
Ela deixa de ser uma dona de casa.
Ela se torna uma mulher que ajuda na renda.
Nós usávamos os recursos que tínhamos
para minimizar a dependência dos produtos israelenses.
Os últimos eventos têm tido um efeito negativo em setores indústrias da economia israelense.
Residentes dos territórios têm um considerável poder de compra
e compram 90% dos seus produtos de israel.
Recentes eventos já afetam os números de vendas.
As vendas caíram de 100-150 toneladas por mês ano passado
para 8-10 toneladas por mês.
Ministro do Exterior Shimon Peres anuncia que economia de israel está em perigo se a rebelião continuar
O exército impos toque de recolher a mais de 225,000 palestinos para punir aqueles que participam da greve
e ordenaram que todas as escolas da Cisjordânia fechem para limitar o número de estudantes nos protestos.
Toques de recolher mantêm as cidades fechadas ao por do sol
e às vezes todo o dia.
Todas as escolas e universidades receberam a ordem de fecharem
Houve cortes de eletricidade, água e telefone em vilas inteiras.
Campos de refugiados estão sob toque de recolher por mais de duas semanas
palestinos não podem sair de suas casas sem uma permissão do exército.
Nós íamos aos campos de refugiados em Gaza,
sob o pretexto de distribuir pães.
Em cada saco de pães nós colocávamos um boletim.
As diretivas eram claras.
Professores formaram comitês educacionais
e ensinavam as crianças em seus bairros.
Ela se tornou a palavra mais poderosa no vocabulário palestino:
A Intifada.
E as salas de aula se tornaram um braço para a revolta.
Os palestinos montaram salas de aula clandestinas.
Nós também organizamos visitas médicas com o comitê das mulheres.
Todos os problemas que chegavam até o nível governamental,
nós montávamos um comitê local para resolvê-los.
As organizações das mulheres e os sindicatos
trabalhavam como um governo que organizava a vida das pessoas.
Em todos os aspectos.
Estávamos no caminho da libertação.
As pessoas estavam convencidas que a Intifada teria sucesso.
Uma liderança surgiu
para o mudo exterior é uma liderança das sombras
que insiste no anonimato, mas dentro dos territórios
eles estão desenvolvendo um governo local.
O que vai acontecer quando vocês criarem algo
que se parece mais e mais com um governo?
Eu tenho certeza que eles estão procurando ativistas para acabarem com os comitês.
O Ministro da Defesa israelense anunciou que vai reprimir
os chamados comitês populares.
As novas medidas israelenses irão expor todos os palestinos
que frequentem as reuniões dos comitês
a uma possível prisão de dez anos.
Os israelenses visam todos os esforços palestinos para criarem
instituições paralelas nos territórios ocupados.
Qualquer coisa que possa contornar a autoridade israelense
Qualquer coisa que possa servir como base
para um Estado Palestino independente.
OUTUBRO 1988
Eles vieram atrás de mim a meia-noite.
Eles me disseram para deixar o meu filho.
Eu disse, "Como eu posso? Não tem ninguém para cuidar dele."
Eles me levaram para Telmond, a prisão para prisioneiras políticas femininas.
Eles me informaram que eu ficaria presa por seis meses sem acusações.
A única coisa que eu pensava era o que aconteceria com Majd.
Ela teve que deixar um bebê que estava sendo amamentado.
(INAM ZAKOUT - Cunhada de Naila) Meus pais ajudavam mas minha mãe tinha 60 anos.
Como ela iria substituir a ausência da mãe? (INAM ZAKOUT - Cunhada de Naila)
Eu recebia visitas a cada duas semanas.
Quando meu filho me viu,
ele ficou muito contente, estendeu a mão e sorriu.
Você sabe com seis meses,
ele já entendia o que estava acontecendo.
E é claro que eu pedi para segurar o meu bebê.
O guarda recusou e disse que a lei não permitia.
Meu filho percebeu que eu não iria segurá-lo.
Lágrimas escorreram pelo seu rosto.
Mas ele sorria e estendia as mãos para mim.
Ver o seu filho sorrindo e chorando ao mesmo tempo,
parte o seu coração.
Nós lançamos uma campanha política e na mídia pela libertação da Naila.
Petições pedem a libertação de Naila
Infelizmente, depois de dez dias, nós fomos notificadas pela ocupação
que Majd poderia ficar com sua mãe, na prisão!
Nós aceitamos pois não tínhamos escolha.
Se seu pai estivesse com nós, não teríamos aceitado.
Você não pode imaginar o quão difícil foi dizer adeus.
Eu nunca ouvi a história toda.
Eu ouvi partes dela de diferentes pessoas.
(MAJD ZAKOUT - Filho de Naila) Por exemplo, a história que foi o meu tio que me trouxe para a prisão.
Ou como minha avó desmaiou no portão da prisão enquanto me entregava para os guardas. (MAJD ZAKOUT - Filho de Naila)
Meu filho era a única criança na prisão.
Eu vi tanta dor nos olhos das outras prisioneiras.
Todas elas tinham filhos.
Nossa relação dentro da prisão era muito forte, como irmãs.
Se não tivéssemos aquela ligação, nós perderíamos nossa humanidade.
Nossa união era nossa força.
A maneira como elas agiam com o Majd quando saíamos para o pátio...
uma escovava os seus cabelos outra segurava ele.
Nós competíamos para trocar suas fraldas, para brincar com ele, cuidar dele.
Uma vez eu troquei sua fralda.
E isso foi muito especial para mim.
Eu soltava meus cabelos, colocava ele em pé e deixava ele segurá-los.
Ele aprendeu a andar.
Todas nós imaginávamos que ele era nosso próprio filho.
GAZA, ABRIL 1989
Quando saímos da prisão, Majd tinha um ano.
Majd!
Me fale o seu sobrenome.
Jamal Mulberry
Mulberry!
Desde o primeiro dia, eu senti a necessidade de viajar
para que ele pudesse ver o seu pai.
Eu fui morar no Cairo, para ficar perto.
Minha preocupação era se conseguiríamos viver
juntos como uma família.
Majd só me conhecia pelo vídeo do casamento.
Naila tentou viajar várias vezes mas os israelenses a enviaram de volta.
Nós procuramos todas as organizações de direitos humanos
e os consulados em Tel Aviv e Jerusalém.
Nós também apelamos para os grupos anti-ocupação em israel.
Boa tarde! E bem-vindos a primeira manifestação
solidária entre mulheres israelenses e palestinas.
De Jerusalém nós pedimos paz.
Dentro da sociedade israelense
haviam muitas pessoas
solidárias com a Intifada.
(RONI BEN EFRAT - Jornalista israelense) Nós tínhamos uma absoluta convergência de interesses
com as pessoas nos territórios que queriam viver com liberdade. (RONI BEN EFRAT - Jornalista israelense)
com as pessoas nos territórios que queriam viver com liberdade.
Centenas de mulheres israelenses, protestam vestidas de preto.
Em luto pela "justiça," que tem sido violada pela ocupação.
Acreditávamos que a luta deveria acontecer em diferentes arenas:
(ZAHIRA KAMAL - Ativista) havia um confronto direto com a ocupação,
um combate em escala mundial, (ZAHIRA KAMAL - Ativista)
um combate em escala mundial,
e combates no lado israelense.
Nós queríamos trabalhar em todos esses níveis.
Uma ideia foi criar um evento para mulheres palestinas e israelenses.
Nós queríamos fazer um chamado para todas as mulheres.
Veja o que está acontecendo. Veja o que está acontecendo com as mulheres.
De uma mulher para outra.
Como você pode ficar parada enquanto isto está acontecendo?
Naila Ayesh falou no evento.
Em meu nome e pelo nome do meu filho Majd,
que repete a palavra "pai" sem saber o que significa,
e em nome das milhares
de mulheres e esposas do meu povo,
que conhecem todas as formas de privação e separação.
Eu chamo as mulheres de todo o mundo, eu chamo as mulheres israelenses,
dobrem os esforços para aliviar as injustiças do meu povo,
para que meu filho, e seu filho,
e todas as crianças possam viver lado a lado.
Milhares de pessoas, a maioria mulheres,
marcharam do lado judeu de Jerusalém Ocidental
até o lado árabe de Jerusalém Oriental.
Nós afirmamos que a terra Palestina é para dois Estados e dois povos.
O mundo assiste aos protestos palestinos com fascinação e respeito
Estados Unidos insistem que israel acabe com a ocupação e inicie acordos de paz
Secretário de Estado americano James Baker diz: "A HORA DE AGIR É AGORA"
está em israel para iniciar o processo de paz no Oriente Médio.
Washington espera iniciar a Conferência de Paz no Oriente Médio, em 31 de outubro.
Os esforços americanos para uma conferência internacional
pela paz entre palestinos e israelenses
teve resultado.
Se não houvesse a Intifada,
isso não teria acontecido.
Baker queira ouvir o que os palestinos iriam ou não aceitar
nos assuntos principais.
Faisel Hussein liderou o grupo palestino.
Ele disse que os assentamentos judeus nos territórios ocupados devem parar.
A posição da delegação palestina
era que nós não negociaríamos enquanto não houvesse um fim dos assentamentos.
Nós informamos Baker que esta era nossa posição final.
Baker vá para casa! Baker vá para casa!
Manifestantes judeus gritaram: "Baker vá para casa!"
Insatisfeitos que o Secretário de Estado tenha encontrado com os líderes palestinos.
Shamir rejeita a ideia americana de diálogo com os palestinos
Como sempre, israel tinha objeções e condições.
Havia muita pressão dos americanos
a respeito dos empréstimos e garantias prometidos a israel.
A administração Bush disse que o governo israelense está ameaçando
os esforços para um acordo de paz árabe-israelense.
Amanhã israel irá pedir formalmente para o governo americano
uma garantia de empréstimo de $10 bilhões de dólares.
Seria exigido do governo americano milhões de dólares em dinheiro
A equipe palestina mantinha que o projeto dos assentamentos
era o maior obstáculo para as negociações pela paz.
Nós estávamos preocupados que o empréstimo de $10 bilhões
seria usado para a construção de assentamentos.
Então nós pedimos para Baker congelar o empréstimo.
Presidente Bush deu sinais de irritação e frustração
com israel e seus apoiadores.
O presidente está preocupado que israel use o empréstimo de $10 bilhões agora
para aumentar o número de assentamentos nos territórios ocupados.
Isso arruinaria os planos de paz para o Oriente Médio.
O importante é darmos a esse projeto uma chance.
Nada deve ser feito para interferir nesse prospecto.
E se for necessário, eu vou usar o meu poder de veto.
Esta foi a primeira e única vez que um presidente americano suspendeu um apoio financeiro para israel para encorajar um acordo de paz entre israelense e palestinos.
O destino da conferência de paz depende do resultado da batalha.
Se o empréstimo for dado os árabes podem se retirar
acusando os E.U.A de favoritismo.
Se o empréstimo não for dado os israelenses podem se retirar
alegando que eles têm pouco a perder.
Majd fez dois anos e ainda não podíamos viajar.
Meu advogado me disse
que a única maneira de conseguir permissão para viajar
era se eu aceitasse ficar fora por dois anos.
Eles queriam que eu consentisse com um exílio de dois anos.
Eu sou contra a pressão colocada sobre alguém pela ocupação israelense.
Eu conheço pessoas que assinaram acordos parecidos
e não puderam mais retornar.
Quando isso aconteceu com a Naila
partiu meu coração.
Eu não queria que um membro da família fosse proibido de retornar para casa.
Nós sabíamos que israel queria esvaziar nosso país de seu povo.
Não foi fácil para mim pois os princípios eram tão questionáveis.
Mas nós não tínhamos opções e eu dolorosamente aceitei.
O momento mais difícil para mim
foi se o Majd iria me reconhecer
no aeroporto do Cairo,
ou olharia para mim como, apenas uma outra pessoa.
Estávamos felizes por estarmos juntos
pela primeira vez como uma família sob o mesmo teto.
Mas não era a felicidade que queríamos.
Era uma alegria incompleta.
Queríamos ser felizes na nossa casa, no nosso país,
e não onde eles queriam que vivêssemos.
MADRI 1991 Início das conversações de paz israel - Palestina
Pela primeira vez em 43 anos, velhos adversários entram em negociações diretas
israel de mau humor enquanto os E.U.A continuam negando o apoio financeiro
Palestinos veem as conversas como reconhecimento de sua identidade independente de outros Estados Árabes
Quando nós fomos para a Conferência de Madri,
nós sentimos que foi...
uma realização.
A Conferência de Madri representou uma vitória para nós
chegamos a um ponto em que o mundo estava unido
para discutir a causa Palestina.
Mas ao mesmo tempo estávamos preocupados
sobre as concessões que teríamos que fazer.
E se o mundo poderia efetivamente colocar pressão sobre israel
para aceitar os nossos termos.
Negociações e compromissos são sempre difíceis.
Nós devemos fixar nosso olhar no que a paz verdadeira trará.
Na época,
israel se recusou a negociar
diretamente com o PLO.
israel o considerava como uma organização terrorista.
Então nós formamos uma delegação
de dentro dos Territórios Ocupados Palestinos.
Nós somos, por necessidade uma delegação popular.
Somos de diferentes profissões e de diferentes padrões de vida
Estamos determinados para começarmos sérias negociações,
em direção a uma justiça definitiva e uma paz compreensiva no Oriente Médio.
Tinhamos orgulho que nossa delegação
incluía mulheres,
e isso nos deu importância.
Dra. Hanan Ashrawi era a porta-voz.
E eu estava na direção do comitê
da equipe de negociações.
Sr. Baker, o senhor passou muito tempo organizando esse encontro,
o que esperar em seguida?
Bem, vamos continuar discutindo amanhã ás 10 da manhã.
Obrigado!
O governo norueguês chocou o mundo.
Por meses o Ministro das Relações Exteriores
tem mantido secretamente conversas diretas
entre o governo israelense e o PLO.
Negociadores não faziam ideia que conversas secretas aconteciam.
Apenas algumas dezenas de pessoas sabiam.
Ficamos surpresos
porque ouvimos sobre isso como todo mundo, via imprensa.
A liderança do PLO no exterior iniciou as negociações de Oslo sem consultar os palestinos que começaram a primeira Intifada os quais estavam conduzindo as negociações com Madri e Washington.
As mulheres ficaram de fora das equipes de negociação.
Como o PLO achou que poderia criar equipes de negociação sem a nossa presença?
Quando você compara
o que nós propusemos, e o que resultou de Oslo
você fica muito triste.
Porque Oslo trouxe muito menos
daquilo que estava na mesa de negociações.
A liderança palestina voltou para o país
e começou a formar a Autoridade Palestina.
Pessoas ao redor do mundo pensaram
que as negociações iriam trazer a solução.
Mas a ocupação ainda estava efetiva
com todas as suas medidas opressivas contra o povo palestino.
Quando eles assinaram o acordo, ninguém sabia
quando israel iria se retirar dos territórios,
ou quando haveria uma Palestina independente.
Nenhum parâmetro foi definido no acordo.
E isso foi um desastre.
Ao invés de movimentos para agilizar o processo de paz
os palestinos veem a repressão israelense.
Os postos de controles retiraram sua liberdade de movimento
e eles veem isso como um grande passo para trás.
Os palestinos reclamam que o processo de paz só trouxe mais sofrimento
e não a prosperidade prometida.
Eles ressentem o fato de israel ainda manter as fronteiras fechadas.
As negociações foram um sucesso para israel.
O fim da Intifada foi uma vitória para israel.
Nós não deveríamos ter acabado com a Intifada
até nossos objetivos terem sido atingidos.
Eles permitiram que a primeira leva de deportados retornasse
e Jamal era um deles.
Quando nós voltamos, foi algo especial.
Eu não sabia o que era, é claro,
mas tinham bandeiras, pessoas cantando
dentro e fora do ônibus.
Mais tarde, eu li e aprendi mais
e percebi
que o retorno para Gaza e para a Cisjordânia não foi tão bom.
Quando os homens retornaram,
as mulheres tinham conquistado muitas posições
e a expectativa era que os homens iriam retomar suas posições
e as mulheres ficariam de lado.
As mulheres ficaram de fora de todas as preparações
da formação da Autoridade Palestina.
Nós representávamos 50% da sociedade, às vezes mais.
Então se 50% da população não está participando das decisões,
isso significa que metade da sociedade está paralisada...
metade paralisada.
Nós sentimos uma grande frustração depois que a Autoridade chegou,
porque eles não nos deram valor.
Durante a Intifada
as mulheres não estavam apenas seguindo ordens,
nós eramos determinantes nas tomadas de decisões junto com os homens.
Quando a Autoridade Palestina assumiu o poder em 1994
(TERRI BULLATA - Ativista) nós ficamos chocadas, pois as mulheres precisariam de um guardião para tirarem o passaporte.
nós ficamos chocadas, pois as mulheres precisariam de um guardião para tirarem o passaporte.
Ela era parte da luta, prisioneira, mártir,
e no fim, eles exigiam que ela tivesse um guardião?
Os princípios estavam mudando.
Muitas mulheres sentiram que seria melhor se afastarem.
Porque o que estava acontecendo não era nossa responsabilidade.
Eu me tornei Diretora do Centro de Assuntos Femininos.
O objetivo era incentivar as mulheres
à participarem da vida política.
Naila, eu, e mulheres de todas as organizações,
nos encontramos nas ruas de Ramallah e Gaza
para protestar contra a Autoridade Palestina.
Mas ninguém nos ouvia.
Eles disseram: O seu trabalho acabou.
(Pela liberdade e independência...
a revolta continua)
Irmãs e irmãos,
os desafios que o nosso povo enfrenta
exigem a nossa união.
israel anunciou nesta semana que construirá 900 casas neste assentamento judeu,
e que aprovará um plano para mais 2.500.
Desde os Acordos de Oslo, a população israelense vivendo em assentamentos nos Territórios Palestinos Ocupados aumentou 140%.
Eu acredito que a ocupação irá acabar e que a vitória chegará.
Não existe outra solução.
Nós não vamos nos calar,
e nem nossas crianças
ou a próxima geração depois de nossas crianças.
Nós somos um povo
que passará a bandeira da luta de uma geração para outra
até alcançarmos nossos direitos.
Defendendo nossos direitos
significa que nós defendemos nosso direito de continuarmos participando
na luta pelo fim da ocupação.
Isso também significa que defendemos direitos iguais
ao invés de exclusão e discriminação.
Todos fazemos parte da luta.
A primeira Intifada
não foi apenas uma revolta contra a ocupação.
A sociedade estava mudando de uma maneira excepcional.
E ela era parte disso.
Eu tenho orgulho de cada momento disso.
Naila vive em Ramallah com seu marido, Jamal. Ela continua o trabalho pela libertação das mulheres através de organizações sociais.
Majd estuda Direito no Canadá e pretende exercer na Palestina após se formar.
Zahira é Secretária Geral da FIDA, um partido que ela foi cofundadora em 1992.
Ela é a única mulher na liderança de um partido palestino.
Tradução e legendas: Fernando Jacon
Click on any text or timestamp to jump to that moment in the video
Share:
Most transcripts ready in under 5 seconds
One-Click Copy125+ LanguagesSearch ContentJump to Timestamps
Paste YouTube URL
Enter any YouTube video link to get the full transcript
Transcript Extraction Form
Most transcripts ready in under 5 seconds
Get Our Chrome Extension
Get transcripts instantly without leaving YouTube. Install our Chrome extension for one-click access to any video's transcript directly on the watch page.